Para aprovar metas de 2015, DEM exige presença de Joaquim Levy no Congresso

O deputado pernambucano Mendonça Filho, líder do DEM, formalizará nesta terça-feira um pedido de comparecimento de Joaquim Levy, ministro indicado da Fazenda, à Comissão de Orçamento do Congresso. Antes de aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015, a oposição exige que o substituto de Guido Mantega se comprometa com as metas de inflação e de superávit primário anotadas no projeto.

"Decidimos tomar essa atitude porque o governo desmoralizou a LDO de 2014 ao fraudar a meta fiscal há 20 dias do fim do ano", disse Mendonça. "Vou apresentar nesta tarde o requerimento para que Joaquim Levy venha aqui se comprometer com as metas de inflação e de superávit primário" para o ano que vem.

Em manifestação feita na Comissão de Orçamento, o líder do DEM perguntou: "Qual a garantia que teremos agora de que a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015 será cumprida?". Ele avisou: "Se Joaquim Levy não vier à Comissão de Orçamento, o governo terá o dobro da dificuldade para aprovar a LDO que teve com o PLN 36."

Mencionado pelo deputado, o "PLN 36" é o projeto da manobra fiscal, aquele que Dilma Rousseff enviou ao Congresso para desobrigar o governo de cumprir a meta de superávit fiscal de 2014. O texto-base foi aprovado na semana passada numa sessão que durou quase 19 horas.

Por falta de quórum, ficou pendente de votação uma das emendas que a oposição havia pendurado no projeto para obstruir a votação, esticando o calvário do governo. O presidente do Congresso, Renan Calheiros, marcou para esta terça-feira a retomada da votação da proposta. Deve ser aprovada. O que permitirá ao governo fechar as contas de 2014 no vermelho, desobrigando-se de economizar recursos para pagar os juros da dívida pública.