PSDB quer controlar a comissão de fiscalização
Decidido a intensificar a oposição ao governo Dilma Rousseff, o PSDB reivindica no Senado o comando da comissão que tem a atribuição de fiscalizar o Poder Executivo. O órgão acumula dois outros temas. Chama-se Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle. O tucanato indicará para presidente do colegiado o senador Aloyzio Nunes Ferreira (SP), ex-candidato a vice na chapa presidencial de Aécio Neves.
Nesta terça-feira (10), líderes do bloco de partidos oposicionistas e independentes reuniram-se com o líder do PMDB, Eunício Oliveira, para discutir a distribuição das comissões. Tenta-se restabelecer o princípio da proporcionalidade, que foi rompido no preenchimento dos cargos da Mesa diretora do Senado.
Observada a proporcionalidade, a ordem das escolhas será determinada pelo tamanho das bancadas. Eunício informou aos outros líderes que o PMDB escolherá as comissões de Constituição e Justiça e de Infraestrutura. O PT optará pela comissão de Assuntos Econômicos. O PSDB tem direito à quarta pedida.
O líder da bancada tucana, Cássio Cunha Lima (PB), disse a Eunício que seu partido oscilava entre duas comissões: a de Relações Exteriores e a que inclui as áreas de fiscalização e controle. O comandante do PMDB respondeu que o tucanato facilitaria o entendimento se optasse pela área de Relações Exteriores.
Ao comunicar o resultado da reunião aos correligionários José Serra, Tasso Jereissati e Aloysio Nunes, o líder Cunha Lima ironizou: "Eles agora estão se comportando como o pai de família que diz ao rapaz: 'você pode casar com qualquer das minhas filhas, desde que seja a Maria'. Querem que a gente fique com a Comissão de Relações Exteriores."
As dúvidas do PSDB dissolveram-se instantaneamente. Formou-se no partido presidido por Aécio um sólido consenso em torno da escolha da comissão que tem poderes para "fiscalizar" e "controlar" o governo Dilma. Cunha Lima já comunicou a decisão a Eunício.
Assim, se quiserem evitar que os tucanos assumam a fiscalização, PMDB e PT terão de abrir mão de suas preferências para escolher essa comissão antes do PSDB. Outra hipótese seria o bloco governista acionar sua maioria para atropelar a oposição, ignorando novamente o critério da proporcionalidade. "Se isso acontecer, vamos pegar em armas", exagera Cunha Lima em privado.
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