Barbosa ‘exige’ demissão do ministro da Justiça
Ex-presidente do STF e ex-relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa indignou-se com o noticiário sobre os encontros do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) com advogados de empreiteiros investigados no escândalo do petrolão. "Nós, brasileiros honestos, temos o direito e o dever de exigir que a Presidente Dilma demita imediatamente o Ministro da Justiça", anotou Barbosa no Twitter.
Cardozo teve pelo menos três encontros com defensores de empresários presos na carceragem da Polícia Federal de Curitiba desde novembro. Entre eles o dono da UTC, Ricardo Pessoa, considerado o coordenador do bilionário cartel de propinas varejado na Operação Lava Jato. Pessoa negocia (ou negociava) com o Ministério Público Federal um acordo de delação premiada. Os interlocutores do ministro da Justiça, superior hierárquico da PF, depreenderam das conversas que a barra de seus clientes seria aliviada.
Joaquim Barbosa convidou seus seguidores no Twitter à reflexão: "Você defende alguém num processo judicial. Ao invés de usar argumentos/métodos jurídicos perante o juiz, você vai recorrer à política?"
O algoz dos mensaleiros evocou um episódio ocorrido às vésperas do julgamento do mensalão, maior escândalo da história do país antes do petrolão. Anotou: "Ajuda à memória coletiva: pesquisem sobre uma controvertida decisão do TCU de junho/julho de 2012, pouco antes do início do julgamento da Ap [Ação Penal] 470." Pressionando aqui, você encontra notícia sobre a decisão do TCU mencionada por Barbosa. Foi celebrada à época pela defesa de Marcos Valério, hoje um presidiário. Ao "exigir" a demissão de Cardozo, Barbosa esquece um detalhe: o ministro cumpre missão da presidente. Membro do conselho político de Dilma Rousseff, ele se reúne amiúde com a chefe.
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