2015 terá inflação fora da meta, admite Tombini
Em jantar da equipe econômica do governo com a cúpula do PMDB, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, admitiu que a taxa de inflação de 2015 fechará acima dos 7%. Longe, portanto, do teto da meta oficial de inflação, que é de 6,5%. Mais distante ainda do centro da meta, que é de 4,5%.
Entre as causas da elevação do índice, Toimbini citou a pressão exercida pelo aumento dos preços administrados, como energia e combustíveis. Estimou que a taxa retornará a níveis inferiores ao pé-direito da meta apenas em 2016.
Nesta terça-feira, poucas horas depois do jantar com o PMDB, servido na residência oficial do vice-presidente Michel Temer, o IBGE informou que o IPCA-15, prévia da inflação oficial, teve alta de 1,33% em fevereiro, ultrapassando os 0,89% anotados em janeiro. O índice acumulado em 12 meses bateu em 7,36%.
Os dados revelam o grau de leniência do governo com a inflação no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Em campanha, a presidente dizia, em timbre de festejo, que a inflação mantinha-se dentro da meta por 12 anos, desde o primeiro governo de Lula. Dava de ombros para o fato de que, nos seus quatro primeiros anos, a taxa sempre roçou o teto, longe do centro da meta. Súbito, perdeu o discurso. O índice subiu no telhado.
– Atualização feita às 17h17 desta terça-feira (24): Em telefonema ao blog, a assessoria do presidente do BC prestou o seguinte esclarecimento: "O que o presidente Alexandre Tombini disse no encontro com o PMDB foi que, ao longo do ano de 2015, a taxa de inflação pode ficar acima dos 7%. Ele não quis dizer que a taxa fechará o ano acima desse patamar." O repórter perguntou: Então, a inflação de 2015 ficará dentro dos limites da meta? E a assessoria: "Não dá para dizer isso." Obtidas na madrugada desta terça-feira, as informações sobre a exposição de Tombini aos peemedebistas foram checadas com quatro pessoas presentes ao jantar antes de ser veiculadas aqui.
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