Moody’s não percebeu que o problema é o FHC
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Quando tudo parecia péssimo —a Paola Oliveira fora do ar, o juiz Moro ajuizando, o procurador Janot procurando, a inflação acima do teto, o PMDB no porão— vem o Moody's Investor Service informar que nada é tão ruim que não possa piorar. A Petrobras tornou-se uma empresa tóxica, opinou o Moody's, rebaixando a classificação de risco de crédito da estatal. Evite investir o seu dinheiro na Petrobras, sinalizou o Moody's. Vai emprestar dinheiro à Petrobras? Pense bem!, aconselhou o Moody's.
Para Dilma, há um evidente mal-entendido. O Moody's está desinformado: "Eu acho que é uma falta de conhecimento direito do que está acontecendo na Petrobras", disse a presidente na cidade baiana de Feira de Santana, para onde viajou à procura da popularidade perdida. "Eu não tenho dúvida que a Petrobras vai ser uma empresa com grande capacidade de se recuperar disso sem grandes consequências."
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) esteve com o Moody's. Munido do seu bom inglês e do seu charme tucano, muito apreciado no mercado, Levy tentou convencer o interlocutor de que a Petrobras não é o que parece. Não se sabe o que o ministro disse ao Moody's. Talvez tenha recordado que Dilma já mudou o comando da estatal. Trocou a amiga Graça Foster pelo companheiro Aldemir Bendini. O fato é que o Moody's nem piscou.
Dilma respaldou Levy: "O governo sempre vai tentar evitar o rebaixamento, isso é absolutamente natural". Mas revelou-se desalentada com a insensibilidade do Moody's. "Nós só lamentamos que não tenha tido correspondência por parte da agência, mas eu acho que isso está superado."
Dilma não disse como espera superar o episódio. Talvez convide o Moody's para uma audiência em Brasília. Entre quatro paredes, sem a presença do tucano Levy, a presidente sussurrará nos ouvidos do convidado: "A culpa é do FHC". Dilma tranquilizará o Moody's: "O Lula já declarou que vai às ruas guerrear pela Petrobras." E o Moody's: "Ah, bom! Então, tá!"
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