Evangélicos disputam Direitos Humanos com PT
Enfraquecido na Câmara, o PT foi desafiado pela bancada evangélica na Comissão de Direitos Humanos. O partido indicou para a presidência do colegiado o petista gaúcho Paulo Pimenta.
Esperava-se que o nome dele fosse referendado em sessão realizada na tarde desta quarta-feira. Porém, o bloco da Bíblia atravessou no caminho do PT a candidatura avulsa do evangélico Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), pastor da Assembleia de Deus. Fez isso com o apoio silencioso do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Ao farejar o cheiro de um Waterloo semelhante àquele que resultou na ascensão do deputado-pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos, o PT provocou a suspensão da sessão. A encrenca deve ser retomada na semana que vem.
Presidia os trabalhos no instante da interrupção o deputado Assis do Couto (PT-PR). Ele ameaçara indeferir a candidatura de Sóstenes. Houve tumulto. O regimento interno da Câmara ampara a pretensão do desafiante.
Pelo critério da proporcionalidade, coube ao bloco partidário liderado pelo PT indicar o presidente da Comissão de Direitos Humanos. O PSD de Sóstenes integra esse bloco. Portanto, a menos que seja costurado um acordo, a legenda tem o direito regimental de disputar o posto.
Cristão novo no condomínio partidário que dá suporte ao governo Dilma, o PSD controla o cobiçado Ministério das Cidades. Acomodou Gilberto Kassab. O mesmo Kassab que, ironicamente, trabalhou duro contra a ascensão de Eduardo Cunha à presidência da Câmara. Agora, Cunha empurra com mãos invisíveis o irmão Sóstenes, correligionário de Kassab. Aleluia!
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