Levydependente, Dilma aprende a digerir sapo
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Todo ser humano tem que aprender, lenta e ardorosamente, a sua missão na Terra. Com exceção, naturalmente, de Dilma Rousseff, que já nasceu pronta. No final de semana, descobriu-se que o ministro Joaquim Levy ousou declarar que a presidente também está sujeita à condição humana. Ele fez isso ao constatar que Dilma nem sempre age da forma mais simples e efetiva.
"Acho que há um desejo genuíno da presidente de acertar as coisas, às vezes, não da maneira mais fácil… Não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuíno", dissera o ministro. Em privado, Dilma abespinhou-se. Em público, porém, acomodou panos quentes sobre a fala do auxiliar. "Tenho discernimento, tenho clareza de que ele foi mal interpretado", contemporizou a presidente, em entrevista na cidade de Capanema, no Pará.
Noutros tempos, Dilma não teria tanta presença de espírito. Talvez providenciasse a ausência de corpo do ministro. Hoje, porém, às voltas com uma crise econômica que engole o que lhe restava de prestígio, a ex-gerentona tornou-se uma gestora levydependente. No momento, a saída do ministro da Fazenda submeteria o Brasil à perda do selo de grau de investimento, aprofundando o fosso.
Até bem pouco, Dilma mastigava ministros. Parecia imutável. Mas a conjuntura forçou-a a aprender a arte de engolir sapos. Não resolve a crise. Mas evita que ela se agrave gratuitamente.
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