Governo não deteve CPI de Fundos de Pensão
A assessoria do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, fez hora extra na noite passada. Permaneceu no protocolo da Mesa diretora do Senado até a meia-noite. Desmobilizou-se apenas depois de certificar-se de que, na virada do relógio, nenhuma das assinaturas do requerimento de convocação da CPI dos Fundos de Pensão havia sido retirada. Avisado pelo telefone, o líder tucano respirou aliviado.
De autoria dos senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Ana Amélia (PP-RS), o pedido de CPI havia sido lido em plenário por Renan Calheiros (PMDB-AL) horas antes. Trazia o número mínimo de apoiamentos exigidos pelo regimento: 27 assinaturas. O governo tinha até a meia-noite para convencer algum senador a retirar sua rubrica do documento. Fracassou.
Agora, os líderes partidários terão cinco dias para indicar os representantes das legendas na CPI, que terá 11 membros. Vão à alça de mira fundos de pensão de estatais. Entre eles Petros (Petrobras), Postalis (Correios) e Previ (Banco do Brasil). É material-prima para muito barulho.
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