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Josias de Souza

Governo não deteve CPI de Fundos de Pensão

Josias de Souza

07/05/2015 07h19

A assessoria do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, fez hora extra na noite passada. Permaneceu no protocolo da Mesa diretora do Senado até a meia-noite. Desmobilizou-se apenas depois de certificar-se de que, na virada do relógio, nenhuma das assinaturas do requerimento de convocação da CPI dos Fundos de Pensão havia sido retirada. Avisado pelo telefone, o líder tucano respirou aliviado.

De autoria dos senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Ana Amélia (PP-RS), o pedido de CPI havia sido lido em plenário por Renan Calheiros (PMDB-AL) horas antes. Trazia o número mínimo de apoiamentos exigidos pelo regimento: 27 assinaturas. O governo tinha até a meia-noite para convencer algum senador a retirar sua rubrica do documento. Fracassou.

Agora, os líderes partidários terão cinco dias para indicar os representantes das legendas na CPI, que terá 11 membros. Vão à alça de mira fundos de pensão de estatais. Entre eles Petros (Petrobras), Postalis (Correios) e Previ (Banco do Brasil). É material-prima para muito barulho.

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.