Dilma ironiza boatos sobre tentativa de suicídio
Em 1897, correu um boato de que Mark Twain estava com o pé na cova. Acionados, repórteres descobriram que, em verdade, era um primo do escritor quem flertava com a morte. Ao comentar o episódio, Twain ironizou: "O relato sobre minha morte é um exagero." No último domingo, circularam nas redes sociais e nos celulares mensagens sobre uma hipotética tentativa de suicídio de Dilma Rousseff, seguida de internação hospitalar. Ninguém levou muito a sério, exceto Dilma.
Nesta segunda-feira, depois de participar de uma cerimônia no Planalto, Dilma achegou-se aos repórteres para indagar: "Me disseram há pouco que correu um boato de que eu estava internada, vocês acham que eu estava?" Quinze quilos mais magra, a presidente correu a mão ao longo da silhueta. Foi como se dissesse: "Vejam como estou bonita!" Dilma riu. E lançou um beijo para o alto.
A presidente, de fato, está bem. Como no caso de Twain, o alvo é outro. Quem adota um comportamento de risco, com clara tendência à autodesmoralização, é o governo Dilma. Um governo cujo prestígio, na definição de Lula, "está no volume morto." O criador deveria poupar a criatura. Com uma taxa de aprovação de 10% no Datafolha, Dilma conduz um governo confuso e fraco. Mas Lula não deveria criticá-la em voz alta. Se continuar, aí mesmo é que o governo de madame põe fogo às vestes.
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