No RS, Justiça autoriza que os bancos fechem
Uma liminar expedida pela Justiça do Trabalho neste domingo (2) permite que os bancos mantenham suas agências fechadas no Rio Grande do Sul caso não haja policiamento nas ruas. A decisão foi tomada depois que entidades representativas da Brigada Militar, como é chamada a PM gaúcha, comunicaram que os policiais ficarão aquartelados a partir desta segunda-feira.
"Orientamos a população do Rio Grande do Sul, que vê a criminalidade se alastrar diariamente, que não saia de suas residências na segunda-feira", anotou o manifesto (leia abaixo). Os policiais militares resolveram permanecer nos quarteis em protesto contra a decisão do governo gaúcho de parcelar os salários dos servidores. Batizado de "salário parcelado, serviço parcelado!", o movimento inclui o Corpo de Bombeiros. A polícia civil também informou que atenderá apenas as ocorrências que envolvam crimes graves —homicídios, por exemplo.
Na sexta-feira, último dia do mês de julho, o Estado pagou aos servidores gaúchos apenas até o limite de R$ 2.150. Acima desse valor, os contracheques serão parcelados. O parcelamento atingiu praticamente a metade (48%) do funcionalismo. Em nota divulgada neste domingo, o governo de José Ivo Sartori (PMDB) alegou ter adotado a "medida extrema" por absoluta falta de dinheiro.
"Temos convicção de que, neste momento do Estado, os líderes sindiciais saberão adotar uma postura de respeito à população e ao papel constitucional que possuem" anotou o texto do governo. O sindicalismo bancário considerou que a providência mais respeitosa a adotar é manter os bancos fechados. Por isso foi à Justiça.
Presidente Sindicato dos Bancários, Everton Gimenis, disse: "Nossa preocupação é com a segurança dos colegas e dos clientes. A decisão judicial reconhece o risco de abrir uma agência bancária sem polícia na rua […]. O Judiciário teve sensibilidade para reconhecer que há muitos riscos envolvidos. Esperamnos que os bancos tenham a mesma sensibilidade e dispensem os trabalhadores nesta segunda-feira."
As reações ao parcelamentos dos salários não se restringiram ao setor de segurança pública. Servidores de outras áreas estratégicas prometem reagir contra o parcelamento. Entre elas saúde e educação.
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