Em privado, Alckmin se diz contra impeachment
Dilma Rousseff ganhou um aliado inusitado. Nos subterrâneos, o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, trabalha discreta e vigorosamente contra a interrupção do mandato da presidente petista. Prefere vê-la no cargo até 2018.
Alckmin namora a ideia de candidatar-se novamente ao Planalto. E concluiu que, preso à cadeira de governador, não terá como participar do jogo político a ser inaugurado após um hipotético afastamento de Dilma.
A posição de Alckmin manteve-se inalterada mesmo depois da reunião que teve na semana passada com Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves. Nessa conversa, após defender publicamente a renúncia de Dilma, FHC pregara a unidade do PSDB.
Porém, os principais atores da legenda continuaram divididos. Menosprezado pelo partido como opção presidencial, José Serra trabalha pelo impeachment de olho na posição de destaque que espera ocupar num eventual governo de Michel Temer, com quem conversa amiúde.
Aécio prepara para esta terça-feira (25) um encontro do jurista Miguel Reale Jr. com líderes dos partidos de oposição, para discutir a viabilidade de um pedido de impeachment. Mas surgiu na sexta-feira uma novidade que o fez voltar a sonhar com a dupla cassação dos mandatos de Dilma e Temer no TSE, com a consequente convocação de novas eleições.
O que reativou o sonho de Aécio foi a ordem expedida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF e do TSE, para que a Procuradoria da República vasculhe as contas do comitê de campanha de Dilma à procura da verba suja da Petrobras.
Os parceiros das outras legendas de oposição começam a se irritar com a falta de unidade dos tucanos. Receiam que a desunião acabe por descredenciar o PSDB como força capaz de liderar a formação de uma frente suprapartidária pelo afastamento de Dilma.
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