Votação de vetos vira teste decisivo para Dilma
Presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros marcou para a noite desta terça-feira (22) a votação de 32 vetos presidenciais. Três são especialmente delicados para o governo. Num, Dilma Rousseff barrou o reajuste salarial de até 78,56% que os congressistas haviam concedido aos servidores do Judiciário. Noutro, ela brecou a correção de todas as aposentadorias pelo mesmo índice do salário mínimo. No terceiro, invalidou a troca do fator previdenciário por uma fórmula mais generosa para os candidatos ao pijama.
Se mantiverem os vetos de Dilma, deputados e senadores sinalizarão ao país que se arrependeram de aprovar o que o governo chama de 'pautas-bomba' e estão dispostos a ajudar Dilma a superar a crise em que ela mergulhou a economia do país. Se derrubarem os vetos, os congressistas religarão as bombas e dirão à presidente que o mandato dela subiu no telhado. Ou Dilma mobiliza sua infantaria para salvar os vetos ou ficará demonstrado que ela já não dispõe de tropa para aprovar o ajuste baseado na volta da CPMF. Algo que levará água para o moinho do impeachment.
Sem a ajuda do vice-presidente Michel Temer, que se afastou da articulação política do governo, Dilma enviou ao front o ministro petista Ricardo Berzoini (Comunicações). Auxiliado por Giles Azevedo, assessor especial da presidente, Berzoini encostou a barriga no balcão. Logo, será possível verificar se, no toma-lá-dá-cá, o ministro deu o bastante para receber. Nesta segunda-feira (21), véspera do combate, Berzoini deve exibir o mapa da guerra na reunião de Dilma com os membros da sua coordenação de governo.
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