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Josias de Souza

Joaquim Barbosa diz não levar o PSDB a sério

Josias de Souza

06/10/2015 19h19

Enaltecido pelos tucanos desde que relatou o processo que mandou para a cadeia a cúpula do PT, o ministro aposentado do STF Joaquim Barbosa veiculou no Twitter um comentário cáustico sobre o PSDB. Disse que a legenda não pode ser levada a sério.

Num lote de três posts, Barbosa começou cutucando os políticos em timbre genérico. Referindo-se ao apreço da tribo pelo financiamento eleitoral privado, escreveu: "Notem o comportamento dos políticos: nossa economia está em frangalhos, mas eles só pensam numa coisa: no dinheiro das empresas!"

Em seguida, sem mencionar o nome do presidente da Câmara, Barbosa espinafrou o tucanato por apoiar Eduardo Cunha. "Contra o presidente de uma das Casas do Congresso há acusações de crimes graves, mas ele é apoiadíssimo pelo PSDB!"

O ex-relator do mensalão arrematou: "Dá para levar essa gente a sério? Não dá, né?"

Suprema ironia: Barbosa escangalha com o PSDB num instante em que o partido começa a se dar conta, com o atraso habitual, de que se aliou ao indefensável na Câmara. Um dia depois de o líder tucano Carlos Sampaio ter renovado o apoio a Cunha, o tucanato fez chegar ao morubixaba da Câmara que começa a, talvez, quem sabe, considerar a situação dele "insustentável".

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.