Cunha tornou-se o gênio da lâmpada de Dilma
Suponha que você se chama Dilma Rousseff e preside um país chamado, digamos, Brasil. Você é uma pessoa bem-intencionada. Governa para todos os brasileiros, mas se vangloria de dar prioridade aos mais pobres. Assumiu o seu segundo mandato há menos de dez meses. Embora você se ache a melhor gestora que você já viu, admite que a coisa está feia. Porém, dispõe de três anos, dois meses e três dias para mudar tudo.
Suponha que você está pedalando sua bicicleta nas imediações do Palácio da Alvorada e atropela uma lâmpada mágica. De dentro da lâmpada sai um gênio. Ele diz que quer ajudar você a honrar os compromissos que o João Santana assumiu com povo na campanha passada. O gênio pergunta quais são as quatro prioridades da sua gestão. Ele não costuma atender a mais de três pedidos por pessoa. Mas foi com a sua cara. E decidiu conceder-lhe um bônus.
Você responde rapidamente: "Engavetar o pedido de impeachment, aprovar a meta de fechar as contas de 2015 com um rombo de algo entre R$ 51,8 bilhões e R$ 103 bilhões, além de destravar na Câmara as votações da DRU e da CPMF. O gênio se irrita. Faz cara de nojo. E volta para o interior da lâmpada resmungando: "Você não precisa de mim. Tente o Eduardo Cunha."
A esse ponto chegou Dilma Rousseff. Tornou-se 'cunhodependente'. E o gênio da Câmara condiciona a felicidade do governo à preservação do seu mandato.
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