André Esteves pede que STF revogue prisão
Preso por ordem da Segunda Turma do STF, o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, protocolou na Suprema Corte um pedido de liberdade. Alega que a Polícia Federal já ouviu o seu depoimento e já realizou batidas de busca e apreensão em sua casa e escritório. Assim, não haveria mais razões para manter a prisão temporária, que tem duração de cinco dias.
Responsável pela defesa do banqueiro, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, lamentou que o Ministério Público e o STF tenham dado crédito a tudo o que o senador Delcídio Amaral declarou sobre seu cliente na escuta ambiental gravada por Bernardo Cerveró, filho do delator Nestor Cerveró. Kakay diz que Esteves nega que tenha manuseado a delação sigilosa feita por Nestor Cerveró à força-tarefa da Lava Jato. Nega também que tenha participado de uma trama para silenciar o delator Nestor Cerveró.
"O Ministério Público adotou pesos e medidas diferentes para um fato único", disse Kakay. "O senador Delcídio menciona os nomes de quatro ministros do STF, da presidente Dilma, do vice-presidente Michel Temer… Tudo o que ele fala sobre essas pessoas foi tratado como fanfarronice. E as coisas que ele falou sobre o André esteves foram tratadas como verdades absolutas. Está errado."
"Se tinha alguma dúvida sobre o André Esteves", prosseguiu o advogado, "o Ministério Público poderia até requerer a operação de busca e apreensão ou a quebra do sigilo dos seus dados telefônicos. O que não parece razoável é começar uma investigação pela prisão com base apenas em afirmações genéricas e inverídicas." Na noite passada, Kakay esteve com Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF.
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