Procuradoria avaliza inquérito que investiga Lula
A maré não está para Lula. Em parecer assinado pelo procurador da República Marcelo Ribeiro de Oliveira, o Ministério Público Federal manifestou-se favoravelmente à continuidade do inquérito aberto pela Polícia Federal como desdobramento da Operação Zelotes. Destina-se a apurar se Lula, ex-ministros e funcionários graduados do governo petista se juntaram a lobistas acusados de trocar propinas por incentivos fiscais para montadoras de automóveis.
Em nota oficial, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, criticara a decisão da PF: "Nada justifica a conduta do delegado federal Marlon Cajado ao afirmar que o ex-presidente Lula seria investigado no Inquérito 1621/2015. O ex-presidente foi ouvido no dia 6 de janeiro na condição de informante, sem a possibilidade de fazer uso das garantias constitucionais próprias dos investigados. Não há nenhum elemento que justifique a mudança do tratamento."
Para a Procuradoria, há sim, justificativas para que a PF leve Lula à alça de mira. O procurador Marcelo Roberto admite que o inquérito em que Lula é investigado tem conexão com apuração realizada na primeira fase da Operação Zelotes. Mas atesta a necessidade do desdobramento.
"Sim, há proximidade, continuidade até, mas não repetição", anotou o procurador. "A grande complexidade da empreitada criminosa descrita na peça acusatória [denúncia], aliada ao exíguo prazo para a propositura da ação, decorrente da existência de requeridos presos, impediu que todos os elementos de prova fossem produzidos ainda na fase de investigação."
Lula, Dilma e o alto petismo costumam esfregar na cara dos antagonistas a tese segundo a qual foi nos governos do PT que a PF e a Procuradoria ganharam autonomia e independência. Cabe perguntar: que tal deixar agora os investigadores exercerem as suas prerrogativas?
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