‘Não é verdade’ que governo Dilma está paralisado, assegurou Jaques Wagner
Num instante em que a gestão Dilma Rousseff parece esfarelar, o ministro Jaques Wagner, recém-convertido em chefe de gabinete da presidente, sentiu a necessidade de plugar-se à internet para proclamar numa rede social: "Tem muita gente querendo vender a ideia de que o governo está paralisado. Não é verdade."
Wagner, hoje o ministro mais próximo de Dilma, enumerou três fatos ocorridos que, na opinião dele, constituem evidências de que o governo ainda governa. Ocorreram "nos últimos dez dias": 1) "Dilma entregou novas moradias do Minha Casa, Minha Vida…"; 2) "A criação de uma nova universidade federal no Mato Grosso.; 3) "Nosso governo enviará ao Congresso nos próximos meses o projeto autorizando a criação da Universidade Federal de Rondonópolis. A nova instituição de ensino deve impactar diretamente 1,5 milhão de pessoas."
Sobre a asfixia econômica, que impõe aos brasileiros recessão, inflação e desemprego, Jaques Wagner não disse nada. A respeito dessa matéria quem pronunciou meia dúzia de palavras foi o seu colega da Fazenda, Nelson Barbosa: "Todas as coisas que o governo precisa fazer nesse momento envolvem autorização do Congresso para que possamos manter alguns programas e manter alguns investimentos em uma situação em que a receita está caindo."
Como se vê, o governo depende do Legislativo para desatar os nós da economia. No momento, deputados e senadores dão prioridade ao debate de três temas: impeachment, impeachment e impeachment. Mas Jaques Wagner avalia que o governo não está parado. Afinal, Dilma entregou algumas chaves. Mais: ela criou uma universidade no Mato Grosso. Muito mais: ela planeja propor ao Congresso a criação de outra universidade, em Rondonópolis. Dilma talvez precise correr. A Câmara se equipa para votar o impeachment em abril.
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