Dilma é acusada de comprar votos e fica calada
O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, influente aliado de Eduardo Cunha, acusou o governo de comprar votos em moeda sonante. Disse que a ausência de um deputado em plenário no dia da votação do impeachment de Dilma rende R$ 400 mil. Enunciado diante das câmeras, o voto a favor da permanência de madame no poder vale R$ 2 milhões. Paulinho recusou-se nominar aos gatunos.
Frequentador do polo passivo de inquéritos sobre improbidade, o deputado deve saber o que diz. Quem se arriscaria a discutir com um perito no assunto? O diabo é que, ao sonegar os nomes, Paulinho passa de denunciante a cúmplice. Pior: ao ocultar o criminoso, comete o crime de prevaricação.
Mas nada é mais inquietante nesta cena do que o silêncio do governo. O sujeito diz que os aliados de Dilma trazem na testa um código de barras. Declara que o governo dos mensalões e dos petrolões continua fisgando aliados pelo bolso. E Dilma finge que não é com ela.
Certos silêncios merecem resposta imediata. O Planalto se esforça para provar que o pedido de impeachment não abateu o governo. Mas há organismos vivos que são tão pouco militantes que despertam nas pessoas uma vontade irrefreável de lhes atirar na cara a última pá de cal. Paulinho cutucou madame com o pé. Ou Dilma morde ou seu mandato será tratado como cachorro chutado.
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