Cunha esperava livrar sua família do juiz Moro
Em privado, Eduardo Cunha já se mostrava conformado com a perspectiva de virar réu pela segunda vez no STF. Mas ruminava a esperança de livrar sua família dos rigores de Sérgio Moro. Acreditava que conseguiria içar de Curitiba para Brasília o processo que envolve sua mulher, Cláudia Cruz, e sua filha, Danielle Dytz. No limite, sonhava com a transferência do caso para a Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Por 9 votos a 2, os ministros do STF frustraram as espectativas de Cunha, mantendo o processo sob os cuidados do juiz Sérgio Moro. Os amigos receiam que a decisão afete o ânimo do presidente afastado da Câmara. Ele já havia demonstrado sinais inéditos de abatimento com a notícia de que Moro convertera sua mulher em ré pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Cláudia Cruz é titular de uma conta bancária na Suíça abastecida com verbas sujas amealhadas por Cunha.
Danielle, a filha de Cunha, não foi denunciada pela força-tarefa da Lava Jato. Ela também tinha acesso às verbas da conta, por meio de um cartão de crédito. Mas os investigadores consideraram que, por ora, não há evidências de que soubesse que o dinheiro era proveniente de corrupção. O problema é que, para desassossego de Cunha, os procuradores informaram que Danielle continua sob investigação.
O envio de Cunha ao banco dos réus pela segunda vez tornou ainda mais precária sua situação política. Mesmo os aliados mais próximos do deputado avaliam que sua cassação é irreversível. Confirmando-se o que parece inevitável, Cunha conseguirá finalmente ser julgado na mesma jurisdição de sua mulher e filha. Sem mandato, perderá o foro privilegiado. E também ficará ao alcance de Sérgio Moro.
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