Senado reclama no STF e no CNJ contra operação da PF em imóvel de senadora
A Advocacia-Geral do Senado protocolará no Supremo Tribunal Federal e no Conselho Nacional de Justiça reclamações contra o juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Criminal de São Paulo. O magistrado será acusado de usurpar a competência do STF ao autorizar a Polícia Federal a fazer uma operação de busca e apreensão no apartamento functional da senadora Gleisi Hoffmann.
As reclamações foram encomendadas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A decisão foi avalizada pelo vice-presidente da Casa, Jorge Viana (PT-SP). Os agentes da PF estiveram no imóvel utilizado por Gleisi na manhã desta quinta-feira. Prenderam o marido da senadora, o ex-ministro petista Paulo Bernardo. E, segundo a queixa do Senado, varejaram o imóvel.
Na hipótese de prevalecer o etendimento dos advogados do Senado, os papeis e equipamentos apreendidos no imóvel funcional da senadora teriam de ser devolvidos. Nesse caso, o conteúdo seria desconsirado para efeitos de investigação.
Gleisi não compareceu ao Senado nesta quinta-feira. Faltou inclusive à reunião da Comissão do impeachment, da qual é integrante titular. Ela estava no apartamento no instante em que os agentes federais perscrutaram o imóvel.
Paulo Bernardo foi preso sob a acusação de liderar uma quadrilha que desviou R$ 100 milhões de empréstimos consignados contraídos por servidores públicos. Desse total, informam os investigadores, R$ 7 milhões teriam sido carreados para o ex-ministro.
Para Gleisi, tudo não passa de uma tentativa de desviar o foco do governo Temer, "claramente envolvido em desvios." Falta nexo à alegação da senadora. A corrupção atual é multipartidária. O PMDB de Temer participou da pilhagem como sócio majoritário do PT. Mas a coisa aconteceu nos governos de Lula e Dilma. A gestão atual, provisória e recente, ainda não teve tempo de cometer pecado original.
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