MP abre ação contra firma do ministro da Saúde
O Ministério Público do Paraná acusa uma empresa do ministro Ricardo Barros (Saúde), a BB Corretora Ltda., de lesar mais de 4 mil torcedores de futebol. A acusação consta de ação civil pública protocolada na 2ª Vara Cível da cidade paranaense de Maringá.
Segundo a Promotoria, a firma do ministro ajudou a organizar a partida final do campeonato paranaense de 2014. Atuou junto com o Maringá Futebol Clube e a Federação Paranaense de Futebol, também acusados na ação. O jogo ocorreu em 13 de abril de 2014. O Maringá foi a campo contra o Londrina Esporte Clube.
Assistiram à partida 19.071 torcedores. O Corpo de Bombeiros havia autorizado a venda de 19.092 ingressos. Ou seja, o estádio da cidade de Maringá estava pela tampa. Do total de ingressos, 4 mil seriam para a arquibancada coberta. O problema é que, para esse setor, a empresa do ministro vendeu 8.084 bilhetes, deixando de fora mais da metade dos torcedores.
Na ação, o Ministério Público pede que a empresa do ministro, o time do Maringá e a federação paranaense sejam condenados a devolver, a título de indenização por danos morais e materiais, o lucro que auferiram irregularmente. Coisa de R$ 177 mil, fora multa.
Ricardo Barros manifestou-se por meio de nota. Disse que não era deputado federal na época em que ocorreram os fatos. Sustenta que "não houve venda excedida de ingressos." Anota: "É lamentável que o Ministério Público explore uma ação descabida no curto período eleitoral, mostrando visivelmente a politização da ação do Ministério Público." A filha do ministro, Maria Victória Borghetti Barros, que é sócia dele na empresa, disputa a prefeitura de Curitiba.
Embora negue as acusações da Promotoria, Ricardo Barros declara que, se for comprovado qualquer prejuízo aos torcedores, "haverá o devido ressarcimento."
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