Serra quer reajustar vencimentos do Itamaraty
Suprema ironia: enquanto o PSDB pega em lanças no Congresso contra a concessão de novos reajustes para servidores e critica Michel Temer por emitir "sinais ambíguos" sobre a matéria, o chanceler tucano José Serra reivindica um aumento salarial para o funcionalismo do Itamaraty.
Serra visitou o Senado nesta terça-feira (23). Foi ao gabinete do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Chegou no meio de uma reunião em que o tucanato discutia com senadores de partidos aliados a tática a ser adotada nas sessões de julgamento do impeachment de Dilma Rousseff. Pediu apoio para o aumento do Itamaraty.
Recordou-se a Serra que não há como apoiar uma proposta que o governo nem sequer remeteu ao Congresso. E o chanceler: "Esse é o problema. O governo está dizendo que não vai mandar a proposta porque o PSDB é contra."
Um auxiliar de Temer confirmou ao blog que o Planalto não tem a intenção de enviar ao Congresso novos pedidos de aumento. "Os tucanos precisam lidar com suas hipocrisias", ironizou. O custo dos reajustes do Itamaraty é estimado em R$ 78 milhões por ano.
O governo tampouco planeja abandonar ou se insurgir contra os projetos que já se encontram no Legislativo. Entre eles os que elevam os vencimentos da Receita Federal, da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal.
Contrário à leva de aumentos, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), líder do governo e amigo de Serra, esteve no Planalto. Foi se queixar do apoio do PMDB, partido de Temer, aos projetos que elevam os vencimentos dos ministros do Supremo e do Ministério Público Federal. Falou com o próprio Temer e com o ministro Geddel Vieira Lima, coordenador político do Planalto.
O máximo que Aloysio conseguiu foi uma promessa de que o Planalto tentaria retardar as votações para depois do impeachment.
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