Doria pode virar a kryptonita de ‘Superalckmin’
O prefeito eleito de São Paulo João Doria, o antipolítico mais político das eleições de 2016, começou a executar sua principal missão política já no discurso da vitória. Recobriu Geraldo Alckmin de elogios, ergueu o braço do padrinho e fez coro com a plateia ao endossar a candidatura presidencial do governador tucano.
O triunfo acachapante de Doria no primeiro turno de fato acomodou Alckmin no primeiro lugar da fila de presidenciáveis do ninho, à frente de Aécio Neves e José Serra. Mas muita chuva cairá até 2018. O próprio Doria, que hoje é vitamina para as pretensões do padrinho, pode virar veneno.
À testa de uma coligação partidária costurada à moda antiga, na base do escambo, o antipolítico Doria terá de abrir o balcão. Em tempos de escassez, o novo prefeito precisará revolucionar os serviços de saúde, educação e transportes, entregando ao paulistano a eficiência gerencial que prometeu. Tudo num ritmo de Ayrton Senna.
Como empresário, Doria não fabrica nada que possa ser apalpado. Como prefeito, terá de sofisticar suas mágicas para corresponder às expectativas que criou. Não bastará tirar coelhos da cartola. O afilhado de Alckmin terá de tirar cartolas de dentro dos coelhos.
Como diz o próprio Doria, "São Paulo tem pressa". Ou o novo prefeito trasnforma marquetagem em realidade ou logo se converterá numa espécie de kryptonita do Superalckmin. Chama-se Dilma Rousseff a última pessoa que vendeu fantasias numa campanha eleitoral. Deu no que deu. Depois de fazer a sucessora um par de vezes, Lula foi desfeito por ela.
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