Sob Temer, não haveria um inativo como Temer
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Uma vez que o privilégio é institucionalizado, a anomalia vira uma espécie de dogma religioso. Embalado pela vitória na votação do primeiro turno da emenda do teto de gastos, Michel Temer promete enfrentar uma doutrina que parece imutável: "Não haverá mais distinção entre a Previdência geral, dos trabalhadores, e a Previdência pública, dos trabalhadores do serviço público", disse o presidente, em entrevista. "Nós temos que igualar isso, e esse é um ponto que já está definido."
Deve-se louvar a disposição de Temer. Sobretudo se consideradas suas limitações. Em 1994, Fernando Henrique Cardoso elegeu-se brandindo um programa que incluía a reforma da Previdência Social. Entregou um arremedo do que prometia. Sem delegacão popular, Temer revela-se mais ambicioso. Acena com a hipótese de mexer até em vespeiros como as aposentorias de políticos e militares. Hummm…
Na Previdência geral, o teto da aposentadoria é de R$ 5.189. Na pública, é diferente. Michel Temer, por exemplo, aposentou-se em 1996, aos 55 anos. Hoje, conforme revelou o repórter Elio Gaspari, recebe R$ 30.600 como procurador inativo do Estado de São Paulo. Ah, que país maravilhoso será o Brasil se o presidente Temer conseguir eliminar privilégios semelhantes ao que é desfrutado pelo aposentado Temer!
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