Ao se omitir, Senado estende tapete para o STF
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Brasília vive momentos surreais e inéditos. O ano de 2016 parece pequeno para acomodar tudo o que a política já enfiou dentro dele. Testemunhamos o afastamento de uma presidente da República. Assistimos à prisão de um presidente da Câmara. Ambos, Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, espernearam. Mas acabaram se conformando com o ostracismo. Chegou a vez de Renan Calheiros.
Réu, Renan recebeu ordem do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, para deixar a presidência do Senado, retirando-se também da linha de sucessão da Presidência da República. E decidiu simplesmente descumprir a ordem. Fez isso com a cumplicidade da Mesa Diretora do Senado, majoritariamente composta de vassalos.
As manobras de Renan para descumprir a ordem de um ministro do Supremo transformaram a encrenca judicial de um senador num processo de desmoralização do Senado. Renan tentou atrair também o apoio de Michel Temer, que preferiu o silêncio.
Se Deus escolhesse um lugar para morar, seria o Brasil. Como não pode, Renan se oferece para substitui-lo. Alguém precisa mostrar a Renan Calheiros que ele também está sujeito à condição humana. Ao se omitir, o Senado estende um tatepe vermelho os ministros do Supremo Tribunal Federal desfilarem.
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