Renan resistiu à ordem de Marco Aurélio seguindo sugestão de membro do STF
A fórmula utilizada por Renan Calheiros para resistir ao cumprimento da ordem judicial que o retirava do cargo de presidente do Senado nasceu de forma inusitada. Foi um ministro do próprio Supremo Tribunal Federal que sugeriu contrapor uma decisão da Mesa Diretora do Senado à liminar expedida pelo ministro Marco Aurélio Mello.
Inicialmente, Renan pretendia se segurar no cargo com o aval do plenário do Senado. Ouviu de membros do seu grupo político uma advertência: se levasse a encrenca ao plenário, sofreria uma derrota. Foi quando chegou a Renan a sugestão do colega de Marco Aurélio, para que reunisse a Mesa do Senado. Nesse colegiado, mais restrito, Renan dá as cartas.
Seguindo os conselhos do ministro do Supremo, Renan tomou as primeiras providências na manhã de terça-feira (6). Ainda estava na residência oficial do Senado quando convocou a reunião da Mesa. Entendeu-se com o vice petista Jorge Viana, que, em privado, demonstrou uma vontade de colaborar que contrastava com o discurso incendiário de petistas como Lindbergh Farias.
Renan rumou para o Senado, orientou a redação da nota da Mesa, obteve as assinaturas da maioria dos membros do colegiado e construiu um discurso. Aferrado à orientação do ministro do STF, Renan passou a dizer que não descumpria uma ordem judicial, apenas seguia a decisão da Mesa do Senado. Nessa versão, o Senado, um Poder autônomo, aguardadava o pronunciamento do plenário do Supremo para tomar as suas providências.
A decisão final do Supremo será tomada em sessão marcada para a tarde desta quarta-feira. Conforme já noticiado aqui, Renan destila otimismo desde a noite de terça. O senador disse a aliados que espera obter uma vitória parcial no plenário da Suprema Corte. Avalia que a maioria dos ministros votará a favor de retirá-lo apenas da linha sucessória da Presidência da República, não do cargo de presidente do Senado. Renan soou como se lidasse com informações, não com suposições. O blog apurou que a hipótese de um afastamento meia-sola foi, de fato, discutida em gabinetes do Supremo.
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