Sem punições, delações da Odebrecht desmoralizarão a Operação Lava Jato
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As delações dos executivos da Odebrecht já produzem resultados… Para os delatores. De todos os 77 ex-executivos da construtora que se tornaram colaboradores da Justiça apenas o Marcelo Odebrecht, o príncipe herdeiro do grupo, continua preso. Nesta terça-feira, Sergio Moro mandou soltar Luiz Eduardo da Rocha Soares e Olívio Rodrigues Júnior. Não são personagens secundários. Ao contrário. Cuidavam dos pagamentos de propinas feitos no exterior. Saíram como parte do acordo.
Luiz Eduardo, era ligado ao departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, a famosa diretoria das propinas. Cuidava da abertura de empresas offshore usadas para fazer pagamentos ilegais a políticos no estrangeiro. Olívio Rodrigues operava contas bancárias da Odebrecht no exterior. Por essas contas transitavam os recursos enviados para fora na surdina.
Na prática, a liberação dos executivos da Odebrecht é uma espécie de pagamento antecipado de parte do prêmio de delações que ainda nem foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal. Para evitar uma grande frustrações, o Ministério Público e o Judiciário precisam agora assegurar que o refresco servido aos corruptores da Odebrecht valha a pena. Sem a punição severa dos políticos corruptos que estavam no bolso da construtora, a imagem dos ex-diretores da Odebrecht na beira da piscina de suas mansões será a desmoralização da Lava Jato.
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