Cármen Lúcia quer injetar Odebrecht no recesso
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Termina na próxima terça-feira, 31 de janeiro, o recesso do Judiciário. Até lá, cabe à ministra Cármen Lúcia, de plantão no Supremo Tribunal Federal, tomar as decisões urgentes. É nesse balaio das urgências que se inclui a homologação dos acordos de colaboração dos 77 delatores da Odebrecht.
Ao formalizar no Supremo o pedido de pressa na análise das delações, o procurador-geral da República Rodrigo Janot ofereceu argumentos jurídicos para que a presidente da Suprema Corte assine, ela própria, as homologações. Isso é importante porque liberaria o Ministério Público, em Brasília e em Curitiba, para tocar as investigações e providenciar a punição da clientela que recebeu dinheiro sujo da maior empreiteira do país.
A morte de Teori Zavascki produziu um efeito mórbido. Políticos encrencados nas delações da Odebrecht celebraram a perspectiva de atraso no processo de investigação. É por isso que Cármen Lúcia se mexe. Ela vive os últimos instantes do recesso cuidando dos minutos, ciente de que as horas passam. E tendem a passar mais lentamente depois que o processo for para as mãos de um novo relator, que terá de se inteirar do caso.
Cármen Lúcia enfrenta resistências internas. Parte dos ministros do Supremo acha que não faz sentido homologar as delações da Odebrecht no recesso, já que o próprio Teori Zavascki, antes de morrer, programara-se para cumprir essa tarefa em fevereiro. Janot e Cármen Lúcia jogam juntos. Com o pedido do procurador nas mãos, a ministra pode decidir guiando-se pela máxima segundo a qual quem escolhe o momento certo poupa muito tempo.
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