TSE pede ao STF permissão para ouvir marqueteiro João Santana e sua mulher
O ministro Herman Benjamin, relator do processo sobre a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, pedirá autorização ao Supremo Tribunal Federal para interrogar o marqueteiro da campanha vitoriosa em 2014, João Santana, e sua mulher Mônica Moura. A dupla assinou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato. E o acordo se encontra no Supremo, responsável pela homologação.
"Vou oficiar ao ministro Edson Fachin", disse Herman Benjamin ao blog. "Farei exatamente como fiz em relação aos depoimentos da Odebrecht." Fachin é o relator da Lava Jato no Supremo. Como os depoimentos dos delatores se encontram sob sigilo, Benjamin precisa da autorização dele para dar cumprimento à decisão tomada na manhã desta terça-feira pelo plenário do TSE, na sessão inaugural do julgamento da ação que pode resultar na cassação de Michel Temer e na inelegibilidade de Dilma Rousseff.
Benjamin não sabia que João Santana, Mônica Moura e um filho do marqueteiro, André Santana, haviam se tornado colaboradores da Justiça. Tomou conhecimento da novidade por meio do vice-procurador-geral Eleitoral Nicolao Dino, que defendeu durante a sessão do TSE a necessidade de que os três fossem ouvidos no processo que pode resultar na cassação do mandato de Michel Temer.
Disse Nicolao Dino: "Afigura-se não menos importante que se inquiram também o senhor João Santana, a senhora Mônica Moura e o senhor André Santana. Digo isso diante da recentíssima notícia de que as pessoas agora nominadas celebraram acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República, acordo este que se encontra submetido ao Supremo Tribunal Federal."
Além de enviar ofício a Fachin, Benjamin disse que marcará a data da inquirição de Guido Mantega. A pedido da defesa de Dilma, o ex-ministro petista da Fazenda também foi incluído no rol de novas testemunhas por decisão do plenário do TSE. Inicialmente, o relator do processo havia indeferido a providência. Mantega deve ser ouvido nesta quinta-feira (6).
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