STF fecha usina de anistia a grevistas armados
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A decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir a greve de policiais e todos os servidores que trabalham no setor de segurança pública deve pôr fim a um tipo de emboscada que congressistas se acostumaram a armar contra a sociedade brasileira. Num intervalo de cinco anos, entre 2011 e 2015, o Congresso anistiou delitos praticados por policiais militares e bombeiros que fizeram greve ilegalmente em 22 Estados e no Distrito Federal. Essa farra da anistia tornou-se um estímulo às paralisações de corporações armadas.
Embora tenha sido provocada por uma desavença entre o governo de Goiás e a polícia civil goiana, a decisão do Supremo terá repercussão geral. Significa dizer que vale para todo o país. Ironicamente, prevaleceu na Suprema Corte um voto do ministro Alexandre de Moraes, que até ontem era ministro da Justiça de Michel Temer. Comandava a Polícia Federal, cujos agentes se declararam nesta quarta-feira "em estado de greve", em protesto contra a reforma da Previdência.
A farra do perdão a policiais amotinados começou em 2011, no Senado, com um projeto que se destinava a livrar a cara de 439 bombeiros processados por depredar um quartel no Rio de Janeiro durante uma greve. Os parlamentares enfiaram nesse mesmo projeto o perdão para PMs grevistas de 14 Estados. E a coisa não parou mais. Com a proibição do Supremo, os Estados terão de azeitar os seus canais de negociação com as forças de segurança. Um pouco de ordem na bagunça é sempre bom. Mas contas em atraso e geladeira vazia constituem um convite à desobediência.
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