FHC: ‘Estamos todos cansados de corrupção’
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Em vídeo veiculado na internet, Fernando Henrique Cardoso criticou o divisionismo que marcou o discurso do PT no poder —"nós contra eles"— e pregou o diálogo: "Já chegou um momento no Brasil em que nós precisamos, não é fazer um acordão de cúpula, mas serenar os ânimos e ver o que interessa a nós todos como conjunto, como país, como povo. […] Está na hora de nós nos concentrarmos no essencial."
Num instante em que todas as pesquisas atestam que o brasileiro considera essencial a Lava Jato, FHC referiu-se à crise moral como se estivesse ansioso para virar a página: "Estamos todos cansados de corrupção, caixa dois, caixa um manipulado. Isso está tudo errado. Precisamos mudar tudo isso. Precisa mudar também o sistema partidário, uma base moral nova para o Brasil. O que nós precisamos é de mais aceitação do outro, mais tolerância. E ver o que dá para fazer em conjunto, pelo país."
É bom, muito bom, ótimo que lideranças como o grão-tucano se enrolem na bandeira do diálogo. Entretanto, antes de definir "o que nós precisamos" para alcançar "uma base moral nova para o Brasil", é indispensável esclarecer quem tem legitimidade para participar da negociação. Hoje, há mais gente no topo do sistema político querendo se salvar do que pessoas interessadas em resgatar o país. Num ambiente assim, talvez seja mais conveniente virar a mesa, levando as investigações às últimas consequências, antes de puxar as cadeiras.
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