Rodrigo Maia: ‘Não teve traição, teve divergência’
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), explicou de forma singela a derrota do governo na votação de um requerimento de urgência para a tramitação da reforma trabalhista. Na contramão do Planalto, que se queixa da ação dos silvérios, Maia disse: "Não teve traição, teve divergência. As pessoas não são obrigadas a dizer amém para o governo. Cabe também àqueles que são favoráveis ao projeto convencer aqueles da base [governista] que estão contra."
O pedido de urgência foi rejeitado porque o Planalto não conseguiu levar ao painel eletrônico o número mínimo de votos necessários: 257. Votaram a favor apenas 230 deputados. Outros 163 votaram contra —entre eles sete dezenas de pseudo-aliados do governo.
O Planalto dava de barato que triunfaria no plenário da Câmara. Principal aliado de Michel Temer na Câmara, Maia sugere uma autocrítica: "Se tivemos um resultado diferente do esperado, nós erramos também. Eu errei por ter acabado a votação mais cedo e nós erramos por não ter conversado com mais cuidado com alguns deputados que acabaram votando contra a matéria."
Segundo o presidente da Câmara um novo pedido de urgência pode ser submetido votado ainda nesta quarta-feira. De resto, Maia disse acreditar que, a despeito dos tropeços, a reforma da legislação trabalhista sera aprovada quando a proposta for efetivamente votada.
– Atualização feita às 19h47 desta quarta-feira (19/4): Sob protestos da oposição, Rodrigo Maia colocou em votação um novo requerimento de urgência para a tramitação do projeto de reforma trabalhista. Rejeitada na véspera, a matéria foi aprovada. Passou por 287 votos a 144. Entre uma votação e outra, operadores do governo beliscaram a orelha dos silvérios de sua tropa. Recordou-se aos traidores que não podem manter apadrinhados em cargos do governo sem fornecer a contrapartida do apoio parlamentar.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.