Lula recorre para tirar delação da JBS de Moro
Em recurso protocolado nesta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal, a defesa de Lula pede a revisão do despacho em que ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, remeteu para Curitiba a parte da delação da JBS que se refere ao ex-presidente petista. Alega-se que o processo não tem nada a ver com a Lava Jato. Em consequência, o caso não estaria vinculado à relatoria de Fachin. Tampouco poderia ser repassado a Sergio Moro. Deveria ter seguido para a Justiça Federal em São Paulo ou Brasília, alega a defesa.
Além de Michel Temer e do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), a delação da JBS envolve Lula e Dilma Rousseff. O empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud disseram em depoimentos à Procuradoria-Geral da República que a JBS depositou em contas no exterior dinheiro destinado aos ex-presidentes petistas. Coisa de R$ 150 milhões desviados do BNDES e de fundos de pensão de estatais.
O intermediário dos pagamentos, segundo os delatores, era o ex-ministro petista Guido Mantega. Os advogados negam. E afirmam que Joesley Batista fez "duas referências genéricas ao nome de Lula em sua delação, sem qualquer base mínima que possa indicar a ocorrência dos fatos ou, ainda, a pratica de qualquer ato ilícito." Pedem a Fachin que reveja sua decisão. Ou que submeta o recurso à apreciação da Segunda Turma do Supremo, composta por cinco ministros.
Preso em Curitiba, o ex-deputado Eduardo Cunha também recorreu ao Supremo contra a delação da JBS. Citado pelos delatores como beneficiário de uma mesada para comprar o seu silêncio, Cunha alega que não há provas. Ele pede a anulação do acordo que transformou os donos e executivos da JBS em colaboradores da Justiça.
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