Temer é prova de que ‘projeto torniquete’ falhou
Na sua primeira entrevista como ministro da Justiça, Torquato Jardim fez comentários bem comportados sobre a Lava Jato. Disse que a operação é um marco civilizatório. É um programa de Estado, não de governo. É coisa da sociedade brasileira. O novo ministro deixou em aberto, porém, a possibilidade de trocar o comando da Polícia Federal. Disse que estudará o tema com serenidade.
Horas antes da posse de Torquato Jardim, seu antecessor, o deputado Osmar Serraglio, anotou numa carta de despedida que foi retirado da poltrona de ministro da Justiça porque Michel Temer "sofreu pressões de trôpegos estrategistas." Com essas palavras, insinuou que caiu porque os estrategistas do presidente achavam que ele não controlava adequadamente a Polícia Federal.
As primeiras declarações de Torquato Jardim soaram adequadas. Mas é impossível deixar de notar que ele é ministro de um presidente sob investigação, apoiado por políticos que foram grampeados defendendo a sabotagem das investigações. A boa notícia é que, até o momento, todos os que agiram para estancar a sangria da Lava jato se deram mal.
A própria presença de Michel Temer como protaginista de um processo criminal no Supermo Tribunal Federal é uma evidência de que a Lava Jato e outras operações fugiram ao controle dos investigados. O 'projeto torniquete' não prosperou. Pessoas poderosas tornaram-se impotentes.
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