Corrosão do PSDB virou fenômeno irreversível
O PSDB escreve um melancólico capítulo de sua história. O partido saiu da eleição presidencial de 2014 como maior força política da oposição. Aécio Neves parecia fadado a virar presidente na sucessão seguinte, em 2018. Hoje, o PSDB é coadjuvante do PMDB num governo apodrecido, chefiado por um presidente cujo futuro está condicionado, entre outros fatores, à delação de um ex-assessor filmado recebendo uma mala com propina de R$ 500 mil reais da JBS.
A política brasileira atingiu um estágio em que todo processo de alicança é um ritual de emporcalhamento. No Brasil, uma coalizão governamental serve basicamente para assegurar a fidelidade dos participantes ao grupo pela cumplicidade. A plateia já não consegue distinguir PT, PSDB, PMDB e todo o resto.
Desde que explodiu a delação da JBS, do empresário Joesley Batista, o PSDB ensaia um rompimento com o governo. Agora, os deputados tucanos cobram um desenlace. Mas a decisão do PSDB, seja qual for, não conseguirá deter o desgaste do partido.
Os nomes dos presidenciáveis da legenda —Alckmin, Aécio e Serra— já haviam saltado dos lábios dos delatores da Odebrecht como pulgas no dorso de vira-latas. Agora, a presença de Aécio no epicentro do novo escândalo eliminou até a presunção de superioridade moral que o PSDB imaginava ter.
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