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Josias de Souza

Depoimento serve para avaliar humor de Cunha

Josias de Souza

13/06/2017 19h14

Trancafiado em Curitiba, Eduardo Cunha emite sinais contraditórios —ora dá a entender que sua língua é um pavio aceso, ora sinaliza que não tem vocação para homem-bomba. Intimado a depor no inquérito que investiga o ex-amigo Michel Temer no caso JBS, Cunha pediu ao STF para ter acesso aos autos. Requereu também tempo para estudar o processo.

Se Cunha for atendido pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, o depoimento, marcado inicialmente para esta quarta-feira, deve ser adiado. Sua reaparição é aguardada com certa ansiedade em Brasília. Um amigo do ex-deputado avalia que Temer perdeu várias oportunidades para demonstrar solidariedade a Cunha. Tornou-se, assim, uma oportunidade que Cunha pode aproveitar se lhe for conveniente.

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.