Especialistas, Temer e Putin falam de corrupção
Em visita a Moscou, Michel Temer teve uma reunião de trabalho com Vladimir Putin. Eles assinaram uma declaração conjunta. Nela, listaram 35 compromissos. Num deles, o Brasil de Temer e a Rússia de Putin comprometeram-se a intensificar os esforços no combate à corrupção. Escreveram: "Os dois países entendem que a cooperação anticorrupção deve ter como objetivo a obtenção de resultados concretos."
Longe do Brasil, Temer sentiu-se à vontade para assumir compromissos em nome do Brasil desconsiderando o que ocorre no Brasil. Ele assinou o acordo bilateral sem levar em conta que seus compromissos podem ficar velhos em dois minutos. Ou em duas delações premiadas. Quando terminar sua viagem, Temer retornará não apenas ao Brasil, mas à realidade de um país em que o próprio presidente é acusado de corrupção.
É preciso reconhecer: mergulhados em escândalos, Temer e Putin são especialistas na matéria. No Brasil, a contribuição de Temer e do PMDB no combate à corrupção é revolucionária. A exemplo de outras legendas, o PMDB desenvolveu uma forma inconsciente de desnudar a corrupção. Desvenda os crimes praticando-os em proporções tão amazônicas que ficou impossível não perceber as pistas.
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