Dilma insinua que Cunha ajudou a salvar Temer
Um dia depois do sepultamento da denúncia por corrupção contra Michel Temer no plenário da Câmara, Dilma Rousseff plugou-se à internet para insinuar que há na operação abafa as digitais de um presidiário: "Razão tem o senador Renan em dizer que Eduardo Cunha governa desde a prisão de Curitiba", anotou a ex-presidente petista no Facebook.
Dilma chegou à sua conclusão controversa depois de tropeçar no óbvio: "Os deputados que ontem salvaram o presidente golpista de ser julgado no STF por crime de corrupção são os mesmos que, no ano passado, deram início ao impeachment fraudulento. São os mesmos que elegeram Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. E são os mesmos que agora salvam Temer."
O medo de assombração tem muitos olhos. Deposta a partir dos empurrões que recebeu de Eduardo Cunha, é natural que Dilma enxergue o algoz embaixo da cama antes de dormir. Mas sua conclusão sobre o resgate de Temer não faz nexo. No momento, Cunha negocia uma delação. Está preocupado com o próprio pescoço, não com a jugular de Temer.
Redigida com o propósito de fustigar Temer, a manifestação de Dilma não serviu senão para realçar as limitações políticas da autora. Temer usou as mesmas armas que a antecessora havia utilizado na época do impeachment: cargos, verbas e outros mimo$. Ambos flertaram com a amoralidade. A diferença é que Temer, capaz de tudo, prevaleceu. E Dilma, incapaz de todo, virou cuidadora dos netos.
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