Marina chama decreto de Temer de ‘negociata’
Em vídeo veiculado na internet (veja acima), a ex-senadora Marina Silva chamou de "negociata" o decreto assinado por Michel Temer na quarta-feira, extinguindo a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca). Trata-se de uma área de cerca de 47 mil quilômetros quadrados entre o Pará e o Amapá. Embora traga "cobre" no nome, é rica especialmente em ouro. Estava fechada à mineração havia 30 anos. Agora, poderá ser explorada pela iniciativa privada. "Antes, a gente fazia decreto para criar unidades de conservação e terra indígena, para proteger os recursos naturais", disse Marina. "Agora, desde 2014, estão fazendo decretos para acabar com aquilo que foi criado nos governos anteriores".
Candidata derrotada à Presidência da República em 2014, Marina sustentou que o decreto editado pelo presidente é parte da retribuição prometida aos deputados que ajudaram a enterrar no plenário da Câmara a denúncia em que a Procuradoria acusou Temer de corrupção. Por trás da votação, acusou Marina, "havia grandes negociatas". Além da distribuição de cargos e verbas, "também havia uma negociata de entregar as terras da Amazônia para a grilagem", ela acrescentou.
Ex-ministra do Meio Ambiente no governo Lula, ambientalista respeitada dentro e fora do país, Marina falou em timbre de convocação: "Precisamos nos mobilizar e mostrar para eles que a Amazônia é nossa."
Coelho Premido pela péssima repercussão do decreto presidencial que autorizou a exploração mineral num pedaço da Amazônia do tamanho do Estado do Espírito Santo, o ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) também pendurou um vídeo na internet (veja abaixo). Nele, afirma que a reserva liberada por Temer não é ambiental, mas mineral. Segundo o ministro, a exploração autorizada pelo presidente não afetará as áreas indígenas e de floresta. Para os ambientalistas, isso é lorota, pois não haveria como fazer mineração numa área que estava sob proteção sem afetar os índios e a floresta ao redor.
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