Delação de Funaro chegou à mesa de Fachin
A delação do doleiro e operador de propinas Lúcio Funaro aportou na mesa do ministro Edson Fachin. Foi enviada pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot nesta terça-feira. Relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Fachin deve homologar o acordo de colaboração de Funaro. Com isso, Janot poderá utilizar as revelações do personagem como matéria-prima para a segunda denúncia a ser formulada contra Michel Temer.
Entre os alvos de Funaro estão Temer e o chamado PMDB da Câmara, que reúne os peemedeistas mais chegados ao presidente da República. Uma das estrelas desse ajuntamento político é o ex-deputado Eduardo Cunha, preso no Paraná. Destacam-se também nesse grupo os ex-deputados e ex-ministros Henrique Edaurdo Alves, preso em Natal, e Geddel Vieira Lima, recolhido à prisão domiciliar em Salvador depois de uma rápida passagem pelo presídio da Papuda, em Brasília.
Procuradores familiarizados com a delação de Funaro sustentam que seus depoimentos reforçam o caso JBS e dão consistência adicional à nova denúncia a ser protocolada no Supremo contra Temer. Auxiliares do presidente afirmam que ele está "tranquilo". Dá-se de barato que a Câmara negará à Suprema Corte autorização para analisar as acusações da Procuradoria.
De fato, não parece haver clima na Câmara para autorizar uma investigação contra o presidente. Temer mantém aberto o balcão com os mais de cem cargos que reservou para apadrinhados dos deputados que lhe são fieis. O presidente conta com a cumplicidade da banda investigada da Câmara. De resto, avalia-se que dificilmente o delator Funaro fornecerá prova mais eloquente do que a mala com a propina de R$ 500 mil da JBS, que a Polícia Federal filmou nas mãos de Rodrigo Rocha Loures, o ex-assessor de Temer.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.