Resgate de Temer será pago pelo déficit público
Começa a ser escrita em Brasília a segunda edição da crônica de um enterro anunciado. Os aliados do governo na Câmara ainda não leram a segundo denúncia de Rodrigo Janot contra Michel Temer. Mas já detestaram a peça. A exemplo do que aconteceu com a primeira, a nova denúncia será sepultada viva no plenário da Câmara. Ficará no freezer até que Temer vire ex-presidente da Rerpública.
A conta a ser feita é muito simples: há na Câmara 513 deputados. Para que o Supremo Tribunal Federal fosse autorizado a dar andamento às investigações, seriam necessários 342 votos. Assim, fica fácil para Temer livrar-se de Janot. Atraindo para sua infantaria 172 deputados, ele impede que seus rivais alcancem os 342 votos.
O discurso do governo e dos seus aliados está pronto. Alega-se que a economia se recupera lentamente e não é hora para se preocupar com detalhes insignificantes como uma denúncia por formação de organização criminosa e obstrução de Justiça. No Brasil o limite entre o que deve e o que não deve ser investigado é a capacidade que o presidente tem de descobrir o valor dos seus apoiadores na Câmara. No momento, os deputados estão em liquidação. E a compra será financiada pelo déficit público.
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