Torquato defende prisões depois das condenações na 1ª e na 2ª instância
"Quando você é treinado para fazer interrogatório, repara até o olhar do depoente. A pupila dilata, a carótida dilata. Tem toda uma técnica. Isso quem faz é o policial, não o procurador da República, que não tem treinamento especializado. O policial precisa fazer uma delação premiada? Ele faz. Agora, qual é a ação judicial decorrente disso. Aí quem decidide é o Ministério Público. A Procuradoria não pode pretender se substituir à Polícia Federal, salvo se mudar a sua formação, se adquirir conhecimenton policial próprio."
Para o ministro, o mais adequado seria que o Supremo interpretasse a lei de modo a determinar que PF e MP trabalhem juntos. A parceira funcionou no início da Lava Jato, em Curitiba. Mas desandou. Torquato atribui os desascertos ao ex-procurador-geral da República. "O [Rodrigo] Janot quis afastar a Polícia Federal, quis defender resultados específicos. E Polícia Federal não o acompanhou. O Ministério Público é que deve se integrar à Polícia Federal, não o contrário, porque a PF é que tem a qualificação técnica e a experiência para fazer a investigação."
A pretexto de reforçar o caráter técnico das investigações, o ministro mencionou uma série televisiva. "Acabei de ver a série Mindhunter, na Netflix. Envolve o FBI, que, no final dos anos 70, começou a admitir a psicologia como parte da criminologia, no processo de interrogatório. Nessa matéria, não há improvisação."
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