Delegado pró-Lava Jato chefiará a superintendência da PF no Paraná
Alçado à direção-geral da Polícia Federal com o apoio da banda investigada do PMDB, Fernando Segóvia parece preocupado em atenuar a má repercussão de sua chegada. Cercou-se de cuidados ao substituir o superintendente da PF no Paraná, berço da Lava Jato. Trocará Rosalvo Ferreira Franco pelo delegado Maurício Leite Valeixo. Os procuradores da força-tarefa de Curitiba reagiram bem à escolha. Enxergam em Valeixo uma pessoa comprometida com as investigações anticorrupção.
A novidade surge num momento delicado. Conforme já noticiado aqui, a PF praticamente desmobilizou o aparato que estava dedicado à Lava Jato no Paraná, berço da operação. Não se imagina que Valeixo vá promover uma reviravolta. Mas espera-se que o novo superintendente pelo menos contribua para atenuar os danos, pois ele já exibia preocupação com a Lava Jato no posto que ocupava na gestão de Leandro Daielo, o antecessor de Fernando Segóvia.
Na prática, Valeixo está sendo rebaixado. Ele deixará a Dicor, Diretoria de Combate ao Crime Organizado, que controla, a partir da sede da PF em Brasília, todas as operações deflagradas no país, incluindo a Lava Jato. Com o deslocamento dele para o Paraná, assumirá a Dicor um delegado federal da confiança de Segóvia. Chama-se Eugênio Ricas.
Segóvia trabalhou com Ricas na época em que foi superintendente da PF no Maranhão, entre 2009 e 2011. Foi buscar o antigo assessor no governo do Espírito Santo. A exemplo do novo diretor-geral da PF, Ricas também tem um perfil político. Estava cedido ao governo capixaba. Deixará a secretaria de Controle e Transparência da gestão do governador Paulo Hartung, do PMDB. A desenvoltura de Valeixo no Paraná dependerá da boa vontade que Ricas for capaz de exibir em Brasília.
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