Morte da política no Rio pode ser um despertar
No Rio de Janeiro, como em Brasília, quando alguém fala em corrupção numa roda de conversa é impossível mudar de assunto. Pode-se mudar, no máximo, de corrupto. O que diferencia uma cidade da outra é que, no Rio, ficou mais fácil de circunscrever o debate. Com a chegada de Garotinho e Rosinha à cadeia, onde já estão Cabral e Picciani, o poder político que desgoverna o Rio por mais de duas décadas foi passado na tranca. Não se sabe por quanto tempo. Vivo, Vinicius de Moraes talvez dissesse: "Que seja eterno enquanto dure."
A reunião da Facção Molequinha com o Primeiro Comando do PMDB no xadrez revela que, na política fluminense, a honestidade tornou-se uma grande solidão. Mas é preciso ver o lado bom das coisas, mesmo que seja preciso procurar um pouco. A morte da ética no Rio de Janeiro pode ser um grande despertar. Está entendido que os maus se fingiam de bons. Agora, basta que o eleitor se convença de que a coisa só vai melhorar quando os bons tiverem suficiente maldade para impor sua bondade por meio do voto.
A política do Rio de Janeiro morreu e, suprema desgraça, não foi para o céu. Entretanto, dependendo da reação dos eleitores, a morte pode representar um enorme despertar.
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