Mala da propina vaza pelas beiradas do tapetão
Desde que a Câmara enfiou embaixo do tapete as denúncias criminais que o afligiam, Michel Temer repete que "a verdade prevaleceu" e que o "complô" armado contra o seu governo foi "desmascarado". É lorota. Houve acobertamento, não esclarecimento. E certas coisas são difíceis de encobrir. Por exemplo: uma mala com propina de R$ 500 mil da JBS.
Para desassossego de Temer, o juiz Jaime Travassos Sarinho, de Brasília, enviou Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala, para o banco dos réus. Denunciado junto com Temer, o ex-assessor da Presidência, terá de responder sozinho pelo crime de corrupção passiva. Em polvorosa, a defesa de Temer tenta reverter no STF o desmembramento do processo. Alega que a mala de Rocha Loures, por conexão, deve ser congelada junto com a investigação sobre Temer.
Relatório da Polícia Federal diz que as evidências apontam, "com vigor", para a participação de Temer no crime da mala. Mas a Câmara e a defesa de Temer pedem a todos que façam papel de bobos, fingindo que a mala da propina não existe. O imenso tapete que esconde as falcatruas nacionais ficou pequeno. Resta saber se Rocha Loures está disposto a responder sozinho pelo lixão que vaza pelas beiradas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.