Na Saúde, troca de guarda é ação entre amigos
Ricardo Barros decidiu antecipar em dez dias sua saída do comando do Ministério da Saúde. Em vez de esperar até 7 de abril, prazo limite para que ministros-candidatos deixem a Esplanada, deve bater em retirada antes do final do mês. Deputado licenciado, Barros retoma o seu mandato para assumir a presidência da poderosa Comissão Mista de Orçamento do Congresso.
Barros é filiado ao PP, campeão no ranking enrolados no petrolão. Com essa credencial, o partido indicará o substituto. O nome ainda não foi revelado. Mas Barros adiantou o critério: será um "amigo". Evitou dar nome aos cotados para não submetê-los à ação oxidante da garoa.
"Queremos nomear amigos, logo não deixaremos no sereno. Nem um dia. […] Não queremos expor ninguém", declarou o ministro ao repórter Igor Gadelha. Noutros tempos, ministeriáveis levavam o rosto à vitrine. Hoje, esgueiram-se pelos cantos. É o 'efeito Cristiane Brasil'. Ninguém quer repetir o vexame de ser desnomeado, como ocorreu com a filha de Roberto Jefferson (PTB) no Ministério do Trabalho.
O esconde-esconde do PP é prenúncio de encrenca. Um candidato a ministro que não resiste a duas semanas de sereno pode ser um grande "amigo", mas já chega ao cargo enferrujado. A ação entre amigos do PP reforça a sensação de que Michel Temer não fará uma reforma ministerial. Ele apenas trocará de cúmplices.
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