Pesquisa transfere Geraldo Alckmin para a UTI
Dando-se crédito à pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta segunda-feira, a candidatura de Geraldo Alckmin foi transferida da enfermaria para a UTI. Para onde quer que se olhe, a sondagem apresenta dados negativos para o presidenciável tucano. A única coisa que subiu foi a aversão a Alckmin. Em dois meses, sua taxa de rejeição cresceu cinco pontos percetuais, batendo em notáveis 55,9%. Quer dizer: mais da metade do eleitorado brasileiro informa que jamais votaria no presidenciável tucano.
Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado revela sua preferência sem receber uma cartela de opções, Alckmin deslizou de 1,4% para 1,2%. Na sondagem estimulada, caiu de 8,6% para 5,3%. Num cenário sem Lula, perde para Jair Bolsonaro (18,3%), Marina Silva (11,2%) e Ciro Gomes (9%). O tucano só não está na quinta colocação porque Joaquim Barbosa retirou-se da disputa.
Num hipotético segundo turno, Alckmin seria derrotado por Lula, Bolsonaro e Marina Silva. E chegaria às urnas tecnicamente empatado com Ciro Gomes. Para quem ambiciona conquistar a condição de alternativa presidencial mais viável do centro político, Alckmin exibe uma coleção precária de dados. Os indicadores são tão sofríveis que parecem aproximar o candidato mais de um fiasco do que de um estímulo que leve seus rivais conservadores a se unirem em torno dele.
A existência de um grande número de eleitores sem candidato indica que a conjuntura eleitoral é móvel. Contudo, Alckmin teria de virar um anti-Alckmin para dar um salto. Para derreter sua taxa de rejeição, teria de ganhar um carisma que nunca teve, exibir um programa encantador e livrar-se da suspeita de que tenta empurrar investigações com a barriga. Parece um desafio grande demais para ser obtido nos 153 dias que faltam para a eleição.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.