PIB miúdo joga cal sobre ocaso de Michel Temer
Antes de sofrer uma pane moral em 17 de maio de 2017, quando o grampo do Jaburu escalou as manchetes, Michel Temer desenhava nas conversas com empresários e congressistas um cenário triunfante para a sucessão de 2018. Previa que, neste segundo semestre do ano eleitoral, a economia estaria crescendo na casa dos 3%, com aumento da renda e queda do desemprego. Em relatório divulgado nesta sexta-feira, a equipe econômica do governo confirma que a realidade atrapalhou a fantasia presidencial.
Ecoando estimativas já feitas pelo Banco Central, o documento reduz a previsão oficial de crescimento do PIB, que já havia caído para 2,5% em maio, para 1,6%. O mercado projeta uma taxa ligeiramente mais mixuruca: 1,5%, com viés de baixa. Quanto à inflação, o relatório do governo anota que deve subir de 3,4% para 4,2%. Tudo isso contra um pano de fundo tisnado pela precarização do trabalho e pela presença de mais de 13 milhões de brasileiros no olho da rua.
Temer chegou a sonhar com a reeleição. Imaginou que passaria à posteridade como presidente das reformas. Reformou a própria biografia, piorando-a. Descerá a rampa como o presidente mais impopular da história. Com sorte, viverá o resto dos seus dias no ostracismo. Com azar, será recolhido pelos rapazes da Polícia Federal para uma escala no inferno. Nesse cenário aterrador, o PIB miúdo de 2018 cai sobre o ocaso de Temer como uma espécie de pá de cal. Parte do pó cai sobre a campanha presidencial do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
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