Janot comenta licitação suspeita: ‘Até quando?’
Imaginou-se que a Lava Jato seria um marco redentor no país, o prenúncio de um ciclo de moralidade. Contudo, a reiteração das fraudes vai deixando claro que o Brasil continua o mesmo. Ao petrolão, reincidência do mensalão, seguiram-se inúmeros escândalos —os federais somando-se aos estaduais, e estes misturando-se aos municipais.
Ao tomar conhecimento da notícia do UOL sobre a suspeita de fraude numa licitação da Secretaria de Educação de São Paulo (leia aqui), o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot indagou: "Até quando?" Assim, com apenas duas palavras e um ponto de interrogação, o ex-chefe do Ministério Público Federal resumiu o desalento de uma era.
A Lava Jato derreteu duas Presidências (Dilma e Temer), encarcerou um ex-presidente (Lula), esfarelou um quase-presidente (Aécio), passou na tranca gigantes da oligarquia política e empresarial (Cunha e Odebrecht, por exemplo)… Mas nem a exposição das vísceras do complô que saqueia o Estado conseguiu deter a pilhagem.
É como se a única consequência da onda de lodo fosse a produção de outra onda, e outra, e outra… Até resultar num gigantesco oceano, sobre o qual flutua um país condenado à deriva perpétua. "Até quando?"
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